Um estudo conduzido por dois institutos de pesquisa dos Estados Unidos descobriu um fato um tanto curioso sobre o comportamento dos genes de tomates. A quantidade de variações genéticas presentes nessas frutas é tão grande, que é muito difícil prever a forma qual será o comportamento das mutações em cada indivíduo.
Assim como a maior parte dos animais e plantas, os tomates têm formatos e tamanhos bem diferentes de um para o outro. Isso ocorre porque cada um dos frutos tem um conjunto único de variações genéticas.
Na maioria dos organismos, o comportamento desses genes é, de certa forma, previsível, mas nos tomates é virtualmente impossível saber como uma mutação específica vai afetar a planta. Porém, o trabalho do professor Zach Lippman, do Howard Hughes Medical Institute vem trabalhando para conseguir mudar esse cenário e prever os efeitos dessas mutações em cada espécie de tomate.
Lippman e seu time de pesquisadores usaram uma ferramenta de edição de genes conhecida como CRISPR, que é altamente precisa e direcionada, em dois genes de tomate que controlam o tamanho que a fruta terá. Com isso, eles conseguiram gerar nada menos que 60 mutações diferentes, removendo apenas pequenos pedaços de DNA de algumas regiões dos genes.
O que mudou?

Em alguns casos, as mutações individuais aumentaram sensivelmente o tamanho dos frutos, em outros, o tamanho dos tomates sequer se alterou. Em uma terceira combinação, a edição dos genes causou um aumento dramático e imprevisível no tamanho de cada uma das frutas.
“O verdadeiro Santo Graal em tudo isso para o melhoramento de safras é a previsibilidade”, declarou Lippman. “Se eu mudar essa sequência, vou conseguir esse efeito. Porque existe um mar de outras variantes que a natureza acumulou perto da mutação que você está planejando”, completou o pesquisador.
Esta gama de interações para qualquer par de genes modela as consequências de uma única mutação que pode ocorrer por diferentes origens genéticas. Esse processo acontece de forma parecida em algumas doenças humanas, onde as pessoas podem ter certas mutações pré-existentes que as protegem de outras mutações que causam doenças.
Agora, a equipe de Lippman continuará quantificando como as mutações individuais e combinadas afetam os tomates. Até o momento, foram medidas as interações entre duas modificações, porém, os genes possuem milhões de variações e o professor espera conseguir mensurá-las de forma satisfatória para que essas interações sejam mais previsíveis e eficientes.
Fonte: OlharDigital
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