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Os preocupantes efeitos do calor sobre o nosso cérebro

  • 12/15/2020
  • Nicole Rizzutti Lemos
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Era julho de 1988. Nos Estados Unidos, o concreto fervia no verão mais quente já registrado até então. Os moradores das cidades invadiram as praias; o consumo de eletricidade foi maior do que nunca por causa do uso de ar-condicionado; e as rodovias ficaram repletas de veículos enguiçados por superaquecimento.

Mas algo mais estava acontecendo.

Na verdade, 1988 não foi apenas um ano de calor recorde, foi também de violência. Houve um número sem precedentes de assassinatos, estupros, assaltos à mão armada e agressões.

Será então que há uma relação entre o clima e a tendência generalizada à violência?

Há séculos suspeitamos que o calor pode alterar nosso comportamento.

Essa ideia está embutida em nossa própria linguagem – falamos, por exemplo, que estamos com a “cabeça quente” ou que “o sangue ferve” quando estamos com raiva.

Os primeiros estudos sobre o fenômeno surgiram no fim do século 19, coincidindo com as primeiras estatísticas confiáveis ​​sobre crimes.

De acordo com uma das análises, os crimes contra indivíduos tendem a atingir seu pico nos meses de verão, enquanto os crimes contra propriedades são mais comuns durante o inverno.

Os protestos nas cidades são mais comuns quando o tempo está bom

Desde então, se acumularam novas evidências.

Todos os anos, à medida que a temperatura sobe, vivemos uma transformação coletiva.

Alguns sintomas são relativamente leves – somos mais propensos a buzinar quando ficamos presos no trânsito; a polícia costuma observar um aumento na desordem pública; e ficamos menos inclinados a ajudar estranhos.

Mas outros são mais desconcertantes.

‘Reação estranha’

A onda de calor global de 2018, que levou a secas generalizadas e um número excepcionalmente alto de incêndios florestais no Ártico, também foi associada a algumas ocorrências humanas alarmantes.

No Reino Unido, foi registrado recorde de ligações para o número de emergência 999 – e um policial comentou que a população reage de “forma muito estranha” a esse tipo de clima. Em algumas áreas, a polícia informou que os chamados aumentaram em 40%.

É claro que tudo isso é altamente episódico – e há várias explicações alternativas para esses incidentes individuais. Mas a correlação parece ser reforçada por pesquisas acadêmicas em todo o mundo.

Há evidências de que nosso comportamento pode sofrer uma transformação coletiva quando está calor

No Reino Unido, entre abril de 2010 e 2018, foram registrados 14% mais crimes violentos a 20° C do que a 10° C. No México, o crime organizado está mais presente em áreas com clima mais quente, e alguns acadêmicos suspeitam que isso aconteça porque cria um “gosto pela violência“.

Na África do Sul, cientistas descobriram que, para cada grau de elevação da temperatura, há um aumento de 1,5% no número de assassinatos. Na Grécia, um estudo mostrou que mais de 30% dos 137 homicídios registrados em uma determinada região ocorreram em dias com temperatura média de mais de 25°C.

Padrões semelhantes envolvendo crimes violentos e calor também foram observados na África Subsaariana, em Taiwan, nos Estados Unidos, na Finlândia, na Espanha… O fato é que esse efeito foi demonstrado em centenas de estudos científicos.

Protestos e o calor

Há ainda as revoltas. Em um estudo, cientistas mapearam levantes que aconteceram em todo o mundo de 1791 a 1880 – e descobriram que a grande maioria se deu nos meses de verão.

Independentemente da parte do planeta, a relação se repetia. Por exemplo, na Europa era mais provável ​​de ocorrerem em julho, enquanto na América do Sul a probabilidade maior era de acontecerem em janeiro.

Estudos mais recentes confirmam a relação entre movimentos sociais e o clima. Uma análise de mais de 7 mil eventos ao longo de 36 anos mostrou que eles tendem a ocorrer em dias mais amenos – e, conforme a temperatura aumenta, têm mais chance de se tornar violentos.

Em meados de agosto deste ano, eclodiram protestos na Holanda após a semana mais quente já registrada no país; Um prédio foi incendiado, materiais pirotécnicos foram lançados contra policiais e 27 pessoas foram presas.

Embora injustiças e outros gatilhos de agitação social possam acontecer ao longo do ano, parece que somos mais propensos a reagir quando está calor.

“Tem uma ressalva“, afirma Trevor Harley, professor emérito de psicologia na Universidade de Dundee, na Escócia.

“A relação entre o calor e eventos como protestos tem a forma de ‘U’. Então, quando está muito quente ou úmido, as pessoas não fazem nada porque é muito desconfortável para se deslocar.“

Festivais de verão, como La Tomatina, na Espanha, permitem que as pessoas se entreguem a momentos de liberdade

Por fim, as condições ao ar livre também podem afetar a incidência de lesões de automutilação. Um estudo realizado em 12 países mostrou que temperaturas ambientes mais altas estavam associadas a um risco maior de suicídio – e que essa relação era especialmente direta em países ocidentais e na África do Sul. Em geral, o risco era mais elevado quando as temperaturas atingiam 27° C.

Uma pesquisa feita na Austrália sugere que tende a haver um pico nas internações hospitalares em torno dessa temperatura, com um aumento de 7,3% durante as ondas de calor.

Por que o clima tem tanto poder sobre nosso comportamento é um mistério, mas conforme o aquecimento global avança, os cientistas estão correndo contra o tempo para encontrar algumas respostas.

Uma das hipóteses mais óbvias é de que o calor sufocante é desconfortável, nos deixando coletivamente em um estado de espírito pior e levando a um comportamento prejudicial.

Há muitas evidências de que a primeira parte é verdadeira: as altas temperaturas nos deixam com mais raiva e estressados, além de menos felizes.

No calor, a Liga Nacional de Futebol Americano dos EUA (NFL, na sigla em inglês) registra mais faltas agressivas; jornalistas são mais propensos a usar linguagem negativa em suas reportagens; e as pessoas são mais suscetíveis a entrar em greve e pedir demissão.

Um pesquisador colocou a questão nos seguintes termos: em média, há uma grande diferença entre como as pessoas se sentem nos dias em que a temperatura é de 32º C e 21º C, dependendo se são viúvas, divorciadas ou casadas.

Essa ideia é respaldada pela descoberta de que o clima pode ser capaz de se infiltrar em nossos cérebros, alterando nossa biologia.

Questão hormonal

Em 2017, cientistas descobriram que a temperatura ambiente na Finlândia tinha correlação com a quantidade de serotonina – uma importante substância química do cérebro que regula a ansiedade, a felicidade e o humor em geral – no sangue de voluntários saudáveis ​​e criminosos violentos.

Essencialmente, eles também encontraram uma forte ligação entre essa medida e a taxa mensal de crimes violentos. Isso sugere que o calor altera nossos níveis de serotonina, o que por sua vez afeta nossos níveis de agressividade.

Outra concepção é que o calor aumenta nossos níveis de testosterona, nos deixando mais agressivos, fato que também pode explicar em parte por que, à medida que os dias começam a se alongar, a incidência de violência sexual e doméstica aumenta.

Nos Estados Unidos, a ocorrência de “violência entre parceiros íntimos” – que inclui abuso físico, sexual e emocional – é 12% maior no verão do que no inverno.

No entanto, há várias explicações alternativas. Uma consideração importante a ser feita é que a maioria desses estudos é baseada em correlação: eles relacionam um fator, como a temperatura, a outro, como o crime. Mas isso não significa que um afete necessariamente o outro diretamente.

Quando é verão, vivemos em um mundo bem diferente: participamos de festivais lotados (antes da pandemia), em que beber durante é socialmente aceitável, e geralmente somos mais ativos.

Será que essas atividades de verão, que nos colocam em contato com outras pessoas e afloram nossas emoções, são os verdadeiros propulsores do nosso comportamento diante da onda de calor?

A mudança climática ameaça provocar ondas de calor mais intensas com mais frequência – portanto, compreender a relação entre o clima e o nosso comportamento é mais importante do que nunca

“Essas coisas são difíceis de desvendar, porque elas sempre andam juntas“, diz Harley.

“Se você considerar as taxas de suicídio, elas aumentam quando está mais quente… Mas variam muito ​​ao redor do mundo. A Rússia tem um dos níveis mais altos, e isso provavelmente tem a ver com os altos níveis de consumo de álcool, mais do que com o clima.”

A pandemia de covid-19 poderia oferecer algumas respostas, uma vez que desde que surgiu, muitas atividades habituais de verão se tornaram impraticáveis.

A pandemia já provou ser um experimento natural para uma série de questões prementes, como o que acontece quando as viagens de longa distância são drasticamente reduzidas ou como as baleias reagem quando os oceanos se tornam menos barulhentos.

Então, quem sabe, talvez venha a revelar se a violência realmente está relacionada ao calor ou simplesmente às festividades de verão.

Independentemente do que impulsiona a relação entre o clima e o nosso comportamento, há algumas implicações preocupantes ​​para o futuro.

Os cientistas preveem que, à medida que as mudanças climáticas avançam, um acréscimo de apenas 2° C nas temperaturas médias globais poderia aumentar a taxa de crimes violentos em mais de 3% em regiões temperadas, como a Europa Ocidental.

No momento, muitos especialistas acreditam que estamos caminhando para um aumento de mais de 3° C na temperatura , mesmo se cumprirmos todos os acordos climáticos em vigor.

Embora permaneça um mistério por que o clima nos afeta, talvez seja melhor a gente se preparar para o que vem por aí.

Fonte: BBC Brasil

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