Sendo uma pessoa criativa por natureza, sempre estive interessado em muitas formas de trabalhos artísticos, inclusive frequentando feiras de artes e ofícios para apreciar muitos exemplos de criatividade individuais. O que descobri nesses eventos tem sofrido grandes mudanças ao longo dos anos.
Feiras de artes e ofícios começaram a surgir em todos os E.U.A. nos anos 1960 e 70. O artesanato naquela época geralmente deixava muito a desejar. Quase tudo podia ser chamado de “arte popular”. O sistema de aprendizagem havia praticamente desaparecido. Assim, as pessoas que desejassem fazer coisas com as próprias mãos tinham que desenvolver habilidades próprias. As oportunidades para aprender eram limitadas, assim como a qualidade das ferramentas disponíveis.
Desde aquele tempo, porém, as ferramentas para fazer coisas a partir da madeira, vidro, cerâmica, e muitas outras coisas melhoraram sensivelmente. Agora podemos frequentar seminários e oficinas, ao vivo e online, para aprender o que quisermos. O resultado tem sido um nível impressionante de qualidade nas feiras de artes e ofícios. Joalheiros amadores ou de meio período, ceramistas e marceneiros estão produzindo lindos objetos, coisa inimaginável há 50 anos. O mesmo acontece com outras artes como a escultura, fotografia e pintura.
Essa busca por qualidade se transferiu igualmente para os objetos manufaturados. Câmeras, televisões, utensílios domésticos e automóveis – tudo melhorou de todas as formas ao longo dos últimos 10 anos. Possuí diversos carros ao longo da minha vida, e cada um dos últimos três ou quatro veículos foram os melhores que já havia tido até aquele momento. E o meu carro mais novo é o melhor de todos eles. O mesmo acontece com a minha câmera atual.
A lição para nós homens de negócios é que precisamos continuar produzindo produtos cada vez melhores. A busca pela qualidade é a melhor estratégia de negócios no longo prazo. Anos atrás, durante uma conferência sobre cafés especiais, um dos oradores fez uma pergunta chave: “Você é Nordstrom (uma loja de departamentos de alto nível) ou é Dollar Store (uma loja de preços populares)?” Já que todos nós estávamos no ramo de cafés especiais, a implicação era: precisávamos fazer o melhor. Nada de cartazes feitos à mão ou de mobiliários caindo aos pedaços. Qualidade é importante para todas as coisas.
Um artigo em um boletim recente lembrava aos leitores: “A forma como fazemos uma coisa é a forma como fazemos todas as coisas.” É por isso que podemos julgar um restaurante pela limpeza do seu piso ou verificando se a sua fachada está precisando de pintura. Um empresário conhecido disse que quando administrava um negócio de conserto de carros, ele vestia um macacão branco para cada carro em que trabalhava. Ele não queria começar a trabalhar no carro de um cliente vestindo roupas com graxa. Fazer o melhor que pudermos em cada área da nossa vida pode se tornar tanto um hábito quanto um estilo de vida.
Há ainda um aspecto espiritual nessa ênfase pela qualidade. O primeiro livro da Bíblia relata como Deus criou a luz, os céus e a terra, a água e as nuvens, as estrelas, as criaturas vivas, incluindo animais e plantas e, finalmente, os seres humanos. Ao concluir todo o Seu trabalho, o texto diz: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom…” (Gênesis 1:31). Como alguém já disse: “Deus não faz sucata!”
O interessante é que as Escrituras nos desafiam a seguir o Seu exemplo: Colossenses 3:17 nos diz: “Tudo o que fizerem, seja em palavras ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dEle graças a Deus Pai.” Então, alguns versículos depois, talvez para reforçar esse ponto, somos exortados: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor… e não para os homens… É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses 3:23-24). Se estivermos servindo e buscando honrar a Deus, o Artista Perfeito, ousaríamos oferecer a Ele algo menos que o nosso melhor?
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramáticas. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de “Câmaras de Alto desempenho”, livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com)..
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglê e japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. O que você acha da qualidade das coisas feitas hoje em dia, seja o artesanato feito com as mãos ou os produtos manufaturados, em comparação com a qualidade das coisas similares feitas anos atrás? A que você atribui a diferença de qualidade de modo geral?
2. Você pode pensar em alguma área na qual a qualidade dos produtos continua deixando a desejar? Por que isso acontece?
3. Quando pensa em esforçar-se para alcançar o mais alto nível de qualidade possível, vendas e lucros podem ser a motivação primária? Por quê?
4. Como você reage às exortações bíblicas dos textos de Colossenses citados? O que essas ordenações significam para você? O que a nossa resposta diz a respeito da profundeza e qualidade da nossa fé?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 10:5; 12:24; 18:9; 21:5; 22:29; Eclesiastes 9:10; Efésios 6:7-8.
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