Por Robert J. Tamasy
Você já teve um chefe que sempre que estava ausente do escritório era momento de comemoração? Eu fui afortunado por ter vários superiores aos quais eu me reportava e que eu apreciava ter por perto. Mas houve aqueles cuja ausência me fazia soltar um suspiro de alívio.
Eles não eram más pessoas, mas seu estilo de administração criava uma atmosfera opressiva quando estavam presentes. Todos se sentiam no limite, incertos quanto ao que o chefe faria a seguir ou de que forma ele ou ela iriam causar uma ruptura em sua rotina costumeira. Sendo assim, sua ausência no escritório imediatamente aliviava a tensão e predispunha a um ambiente de trabalho mais adequado.
Contudo, mesmo com os melhores chefes, há uma tendência para relaxar quando eles estão ausentes. Sabemos que não seremos repentinamente convocados ao seu escritório. Temos tempo para trabalhar e completar os projetos que nos foram designados antes que eles retornem. Podemos até mesmo ser tentados a pôr os pés sobre a mesa de trabalho e ficarmos à vontade por um momento, sabendo que não há ninguém que vá nos ordenar: “Tire os pés da mesa!”
Algumas pessoas escolhem tirar vantagem da situação. Para elas, a ausência do chefe significa afrouxar o ritmo de trabalho. Como diz o ditado, “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa!” Mas, e se o chefe muda de planos e retorna inesperadamente, interrompendo as “férias” improvisadas dessas pessoas?
Para aqueles de nós que se consideram “embaixadores de Cristo” (II Coríntios 5:20), a importância de permanecer diligentemente servindo a Deus e àqueles para quem trabalhamos é ainda maior. Jesus Cristo contou aos Seus seguidores a “parábola dos talentos” que é sobre um homem de negócios que estava de partida para uma viagem. Ele deu a três servos diferentes quantidades de talentos (dinheiro), confiando que eles os usariam com sabedoria em sua ausência.
Quando o “chefe” regressou, pediu a cada servo que prestasse contas do que havia feito com o seu dinheiro. Dois deles haviam feito bom uso dos talentos, investindo bem o dinheiro. O homem de negócios elogiou-os por seu trabalho consciencioso. O terceiro servo simplesmente tinha enterrado seu único talento, dando a desculpa: “…Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento [dinheiro] no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence.” (Mateus 25:24-25).
Aquela resposta não era aceitável. O chefe pegou o dinheiro do servo preguiçoso, despediu-o e deu o talento ao servo mais empreendedor. E depois declarou: “Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. (Mateus 25:29). Dois servos ouviram as palavras: “Muito bem, servo bom e fiel!” O outro, foi lançado fora.
Escrevendo aos seguidores de Cristo da antiga Corinto, o apóstolo Paulo afirmou: “Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus. O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis.” (I Coríntios 4:1-2). Para nós, no mercado de trabalho, isso envolve não apenas expressar as verdades bíblicas, mas também representar apropriadamente o Deus a quem servimos.
Algum dia nos pedirão que prestemos contas pela forma como usamos nossas habilidades, oportunidades, experiências e recursos que o Senhor confiou a nós. É por isso que nos é dito: “Filhinhos, agora permaneçam nEle para que, quando Ele Se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante dEle na Sua vinda.” (I João 2:28).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de “Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today’s Workplace” e “Tufting Legacies” (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu “The heart of Mentoring” e tem editado numerosos outros livros, incluindo “Advancing Through Adversity”, por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2023 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglêse japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você já teve um chefe ou supervisor opressor ou com quem era difícil se trabalhar e você sentia alívio quando ele ou ela estava ausente? Como você reagia à sua ausência em termos de ética no trabalho?
2. O que significa para você ser um “embaixador de Cristo”? Como esta compreensão pode afetar a forma como encaramos o nosso trabalho, haja ou não alguém observando pessoalmente o que estamos fazendo ou deixando de fazer?
3. Você acha que o servo preguiçoso da parábola tem alguma justificativa por fazer o mínimo para o homem de negócios para quem trabalhava, sabendo que ele era “um homem severo”? Por quê?
4. Como você reage à ideia de que algum dia teremos que prestar contas a Deus por nossa vida e nosso trabalho, sabendo que “o que se requer destes encarregados é que sejam fiéis.”? Como isso deveria afetar sua atitude e abordagem ao seu trabalho cada dia?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 10:4-5; 12:11; 22:29; Mateus 25:1-13; Colossenses 3:17,23; II Pedro 3:13-16.
Recentes:
- A Evolução do Cinema: Como os Efeitos Especiais Estão Mudando o Entretenimento
- Como os Horários Afetam seu Rendimento: Estudar de Manhã ou à Noite é Melhor?
- A Psicologia por Trás do Medo de Falar em Público: Por que Isso Acontece?
- Como o Clima Influencia o Comportamento Humano e as Decisões do Dia a Dia
- A Evolução da Arquitetura: Como os Edifícios Refletem a História da Humanidade
