Monumentos eram uma parte muito importante na cidade histórica em que cresci. A indicação de direção, em New Orleans, Louisiana, U.S.A., era geralmente conhecida por estar relacionada a monumentos bastante conhecidos. Um dos motivos para que esses monumentos fossem considerados um bem valioso para a cidade e seus residentes, era o fato de serem uma grande ajuda na indicação de direção. Ainda mais importante, porém, eles representavam um lembrete constante, para os cidadãos locais de sua rica herança cultural.
Depois de visitar a capital dos Estados Unidos, Washington D.C., pela primeira vez e ver seus famosos monumentos, me apresentei à Academia Naval dos Estados Unidos, onde inumeráveis monumentos comemoram algumas das batalhas e líderes corajosos mais famosos da Marinha e da Corporação de Mariners. Algo que me entristece profundamente nos dias atuais é ver que tantos dos monumentos que representam a rica história da nossa nação estão sendo removidos ou demolidos.
Aparentemente algumas pessoas pensam que removendo os monumentos, alguns dos quais transmitem memórias de tempos de escuridão e turbulência, elas conseguem, de algum modo, mudar a história. O mesmo está acontecendo também em vários outros países, numa tentativa vã de encobrir ou reescrever a história ao invés de aprender com ela, quer tenha sido boa ou má.
Enquanto os monumentos nacionais estão sendo destruídos, parece que algumas pessoas estão tentando construir seus próprios monumentos pessoais. Estes não são necessariamente monumentos de granito, metal e outros materiais, mas ainda assim monumentos ao seu sucesso. Alguns destes “monumentos” consistem em grandes patrimônios, enquanto outros são definidos por companhias, contas bancárias ou quaisquer outros sinais de riqueza material, prosperidade ou poder.
Enquanto homens e mulheres desperdiçam seu tempo, talento e tesouros com estas atraentes distrações, o seu “sucesso” geralmente vem à custa do sacrifício de seus relacionamentos. Ao invés de construir memórias, eles se concentram na construção de monumentos, os quais, como já citado, podem ser destruídos.
Olhando em retrospecto para a nossa vida, minha esposa e eu percebemos que nossos grandes prazeres foram feitos de momentos que passamos com nossos três filhos. Uma vez que eles estão geograficamente dispersos, o único modo de nos reunirmos regularmente é via “ZOOM” todos os domingos – o ponto alto da nossa semana. Não me recordo de uma única vez em que esses momentos não estavam focados em memórias. Monumentos são insignificantes, memórias não têm preço.
De acordo com a Bíblia, existem apenas duas coisas que vão durar para sempre: pessoas e a Palavra de Deus. Escolhendo pensar no que é temporário, perdemos tempo, talentos e tesouros construindo monumentos. Escolhendo pensar no que é eterno, nosso tempo é mais bem aproveitado, construindo memórias que não podem ser destruídas.
Refletindo sobre o curso da minha vida, descobri que minhas memórias mais prazerosas estão todas centradas em relacionamentos. As Escrituras também podem ser descritas como o livro de Deus sobre relacionamentos – Seu relacionamento com o Seu povo escolhido, e também sobre a forma como Ele quer que nos relacionemos uns com os outros. Jesus deixou isto bem claro:
“Um deles [fariseu], perito na lei, o pôs [Jesus] à prova com esta pergunta: ‘Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’ Respondeu Jesus: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.’” (Mateus 22:35-39). Aqui Jesus resumiu os dois tipos de relacionamento mais importantes: nosso relacionamento com Deus, e depois o nosso relacionamento com os nossos semelhantes.
E então, você está pensando no que é temporário ou no que é eterno? Está construindo monumentos ou memórias?
Próxima semana tem mais!
William “Fritz”Klumpp é um piloto veterano da Marinha dos Estados Unidos, tendo servido durante a Guerra do Vietnã; um ex-piloto da Delta Air Lines, executivo imobiliário e ex-diretor executivo do CBMC. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC – Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2023 – DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL – E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês,e japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. O que você pensa da prática recente de remover ou destruir monumentos históricos que algumas pessoas consideram como representativos de tempos ruins da história?
2. O autor disse que “monumentos” podem assumir outras formas, como empresas, o acúmulo de enormes patrimônios materiais, proeminência pessoal e outros. Você se encontra fazendo isso ou aspirando fazê-lo? Explique sua resposta.
3. Como uma pessoa pode mudar o seu foco, deixando de construir monumentos para criar ou desenvolver memórias? Você concorda que vale a pena fazer isto? Por quê?
4. Quando pensa em relacionamentos que já teve ou que tem agora, quais têm sido os mais importantes para você? De que forma ter um forte relacionamento com Deus afeta o tipo e qualidade dos relacionamentos que você tem com pessoas?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Eclesiastes 4:9-12; Isaías 43:4; Marcos 3:13-14; II Timóteo 2:2; I Tessalonicenses 2:6-12.
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